Assembleia Ordinária

Conversas Online

A Assembleia Ordinária pretende promover práticas de encontro e de partilha, convergência e divergência, de participação e conversação, constituindo-se como um espaço público de subjetivação política. Apostada em dar visibilidade a propostas artísticas que atravessam, congregam ou se inscrevem em diversas disciplinas, a A. Ordinária propõe a criação de um programa reflexivo e metarreflexivo sobre modos de pensar, modos de fazer e modos de reativar.

Com este propósito, a programação convoca discursos e propostas artísticas para pensar sobre e sobretudo com elas as relações que estabelecem com a coisa pública através dos universos que inauguram, assim como as respetivas estratégias de criação e apresentação. Preocupam-nos as mútuas e múltiplas implicações entre pensar e fazer, fazer e reativar, reativar e pensar, que alicerçam a construção de um espaço que assume o ato de devir público como consequência. A. Ordinária será um lugar (do) comum, de encanto e desencanto pelos processos do fazer artístico, uma assembleia que reivindica esse.

Qúorum

Ana Carvalho

Tem como projeto de trabalho investigar a forma como as políticas culturais e os seus discursos influenciam o tipo de projetos desenvolvidos e o potencial do setor artístico na resposta aos diferentes desafios da sociedade. Esta curiosidade alimenta a sua tese de doutoramento que iniciou em Estudos de Cultura na Universidade Católica de Lisboa e desenvolve agora a tese na Universidade de Barcelona com o Professor Lluís Bonet. Entre 2017 e 2019 foi diretora artística do Fórum Internacional Gaia dedicado à reflexão e programação sobre questões da sustentabilidade e alterações climáticas. Trabalha como gestora e economista da cultura desde 1999 em diversas entidades do setor. Em 2014 lança o projecto Armazém 22 e entre julho de 2011 e julho 2014 foi Subdiretora-geral da Direção-Geral das Artes (DGArtes), lugar que assume após dirigir a Agência para o Desenvolvimento das Indústrias Criativas – ADDICT. Em 2008, é convidada para coordenar os projetos europeus e as Relações com a Comissão Europeia no âmbito do Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular. Em 2006, coordena cientificamente a 1ª Pós-graduação em Marketing de Artes no Instituto Português de Administração e Marketing (IPAM). Tem mestrado em Arts Management, pela City University, Londres, e licenciatura em Economia, pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto e pós-graduação em Marketing Management pelo IPAM.

Ana Dinger

Ana Dinger prefere não dizer o que é. Desde cedo oscila entre teoria e prática minando, com maior ou menor subtileza, constrangimentos disciplinares, nomeadamente os da dança, artes visuais, história e teoria de arte. O seu percurso académico passa pela ESD, FBAUP, FBAUL (licenciatura em Escultura) e UCP (pós-graduação em Arte Contemporânea e doutoramento em Estudos de Cultura). Escreve sobre artes visuais e artes performativas, sobre o que podem os arquivos e os corpos e os corpos-arquivo, sobre modos de continuação dos trabalhos artísticos, e sobre fantasmas como manifestações metonímicas. Colabora com vários projectos de investigação artística, participando de diversas manifestações dos mesmos, desde edições a exposições e instalações, passando por outras situações de partilha e apresentação que encara de modo experimental.

José Roseira

José Roseira (Porto, 1978) é escritor, editor e tradutor. A sua atividade compreende ainda desvios pelas mais diversas áreas da produção artística, mantendo como eixo central as práticas ligadas à escrita e à literatura em articulação com as artes visuais. Tem formação em Filosofia, Tecnologias da Imagem e da Comunicação, Técnicas de Tradução e Cultura Inglesa. Como tradutor e editor, é especializado nos campos da arte contemporânea, arquitetura, filosofia e ciências humanas. Nesta vertente tem vindo a colaborar com diversas galerias de arte e instituições de referência, entre as quais se destacam a Editora Documenta, o MAAT / Fundação EDP, o Arquipélago - Centro de Arte Contemporânea, o Fórum Eugénio de Almeida, a Fundação Carmona e Costa, a Fundação Calouste Gulbenkian, a Casa da Cerca e Museu da Cidade (Almada) e a Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA). As suas traduções podem ser encontradas em inúmeros livros, revistas, catálogos e outras edições. Desenvolveu também trabalho nas áreas da programação cultural e das artes do espetáculo, colaborando com diversos municípios e instituições como o Rivoli Teatro Municipal, o Teatro Nacional São João, o Coliseu do Porto e a Casa da Música (Porto). Os seus textos podem ser encontrados em várias revistas e publicações no campo da arte contemporânea e em diversas edições de autor.

Ficha de Projeto

Em 2022 a Assembleia Ordinária desenvolveu mais 3 momentos de debate e foi apoiada pela dgartes. este ciclo intitulou-se .... e conctituiut-se de...

A Assembleia Ordinária iniciou em 2021 com um ciclo de encontros denominado "Arte e Espaço Público" financiados no âmbito do Sistema de Incentivos | Garantir Cultura.

Este think tank que associou 3 debates e um Museu de Bolso para explorar de que forma o digital e a internet se estão a transformar na nova arena pública e como isso está a influenciar a criação, produção, distribuição e recepção da obra de arte. O projeto uniu a pesquisa baseada na prática da residência artística, com espaços de reflexão a que denominamos Assembleia Ordinária e debruçou-se sobre questões em torno das ideias de espaço e esfera pública, num esforço de debate, conjetura e mapeamento que incluirá os debates inerentes às suas materialidades e imaterialidades, à condição dos seus usos modernos nas diferentes tipologias dos territórios compreendidos pela nossa experiência social, expandindo-se necessariamente para as dimensões do arquivo, do repertório e da sua performatividade. O Museu de Bolso é o espaço expositivo da Assembleia Ordinária. Na sua intenção, corporifica os debates e tensões contingentes ao nosso congresso mantendo-se instável e maleável, apto a assumir novas molduras ou agir como recetáculo de formatos e meios muito diversos. Membro constituinte de uma assembleia, o museu de bolso quer examinar as contenções sobre a musealidade e os debates que problematizam a instituição museológica nos seus papéis de contentor, curador e garante do arquivo.